quinta-feira, 19 de agosto de 2010

Olimpíada de Língua Portuguesa - trabalhando crônicas

Os alunos foram preparados com ofinas de leitura e interpretações de textos de diversos autores como: Fernando Veríssimo, Moacyr Scliar, Machado de Assis, Rubens Braga, Clarice Lispector, entre outros.
Foi trabalhado em sala: as caracterísitcas da crônica, seu surgimento, a cronologia da crônica, o jornalismo, a literatura e as crônicas. O objetivo desse trabalho foi levar os alunos a :
* Reconhecer as características básicas da crônica.
*Perceber que a crônica ao crontrário das notícias não têm o compromisso de informar o leitor, mas, sim, proporcionar a reflexão sobre a vida comum.
* Reconhecer a possível presença do narrador em crônicas narrativas, a opinião do autor em crônicas argumentativas, a voz do autor em crônicas que tratam de reminiscências; o uso do humor, recurso que as crônicas geralmente recorrem.
*Mostrar que as crônicas é um gênero que também é publicado em jornais.
*Escrever uma crônica a partir de um tema selecionado pelo próprio aluno.

Agora, leiam, algumas crônicas produzidas por alguns alunos das turmas Vermelha, laranja e turquesa.
Parabéns, a todos que participaram das atividades....

Um sentido mais adequado


      Uma tarefa difícil foi a que minha professora passou; compôr uma crônica, sobre um assunto vivenciado ou presenciado por mim. E essa incumbência se torna mais complicada, quando não tenho nenhum tema que inspire.Sendo a crônica, a causadora dessa situação, colocarei sobre ela a honra de ser minha nobre inspiradora.
        Ultimamente tenho lido muitas crônicas, percebi que as quais se remetem a uma representação do cotidiano,uma homenagem ao comum,ao corriqueiro.Quanto mais as leio, mais penso em minha teoria de que essa palavra não é utilizada em seu significado correto.
        A crônica tem sua origem no latim chronica e acredito que um pequeno detalhe de ortografia, uma simples troca de um M por um N, seguida da perda de um R, atingiria um sentido mais coerente: Cômica.

                                                                                               Marcos Henrique Bontempo,9º vermelho


O tempo e nossas lembranças


          O tempo passa rápido demais.... E o relógio da vida esquece de nos avisar... Após assistir um filme, emocionei-me e percebi que a vida e os nossos conceitos se transformam todos os dias.
        Resolvi abrir o baú de minhas memórias, de onde retirei lembranças que hoje, já são banais, e as preocupações eram bem menores. Por isso, volto na velha frase feita: “Eu era feliz e não sabia”.
Ainda refletindo sobre o filme, percebi que idas e vindas na vida são necessárias, e tudo está escrito em páginas, as quais algumas pessoas costumam chamar de destino.
         Em muitos momentos, acreditamos que esse senhor chamado destino é cruel e injusto, mas com o tempo percebemos que precisamos continuar a caminhar e olhar sempre em frente, buscando os nossos ideais.
        O final do ano se aproxima e separações também. Será justo? Será cruel? Como ser forte? Como não chorar? Tudo estará mudado em poucos meses...
        Os anos nessa escola passaram rápido demais....Com certeza foram e serão os melhores, sempre relembrados com muita saudades.
       Tudo na vida passa, deixa marcas boas ou ruins.Essa escola deixará lições, que não serão esquecidas jamais: a amizade,o respeito,a perseverança,o carinho,a união; e com certeza, tudo isso será guardado no baú que se chama coração.

Giovanna Maíra, 9º ano Laranja

                                                                             Ligação três segundos.....

       Se você já presenciou, ou viveu, algo assim, entenderá a situação. Uma das maiores invenções do século, é o serviço oferecido pela Anatel, a ligação de três segundos, é muito usada por adolescentes e jovens.Bem, falar de três em três segundo, não é fácil, e nada prático, para quem preza a boa comunicação.
     Certa vez, ouvi a conversa de uma garota ao celular, não quero dizer que ouvi propositalmente, mas porque ela falava bem ao meu lado.
     A conversa começava assim:
- Oi, amorzinho....
- O quê?!?
- Se você não parar, vou...
- .... jogar a vassoura no seu nariz!
- ... desculpa, amorzinho!Falei tudo sem pensar...
- Acho que está entendo errado...
- Ah, você vai ver, seu... (retirado o nome, por motivos de decência)...
       Toda vez que ela desligava o telefone, resmungava algo como “quero ver se ele vai ligar de novo”.
       A tal inovação da Anatel, não se preocupou com os problemas de comunicação que essa invenção poderia causar. Nem sempre, o progresso, acontece para a nossa praticidade.


Katarina Jonas,9º laranja
O Parque de Diversões





       Eu era bem pequeno. Num domingo, meu pai resolveu fazer um passeio ao Parque de diversões Guanabara, localizado na orla da Lagoa da Pampulha, lugar de bela paisagem.Estávamos felizes com a chegada do dia do grande passeio.
       Na  manhã seguinte, meus primos chegaram em minha casa. A euforia tomava contas de todos.
       Durante o percurso do passeio, fui observando o quão bela é a capital mineira.
      Chegando ao parque o dia estava alegre, com crianças indo e vindo, fazendo grande algazarra. Comemos algodão doce e brincamos em vários brinquedos. Tudo transcorria na mais tranqüila paz e harmonia, até o momento em que meus primos e meu pai tiveram a infeliz idéia de ver a “Monga: a mulher gorila”. Compraram os ingressos.... E na fila, minhas pernas começaram a ficar bambas, minhas mãos começaram a suar frio.... resolvi que não iria mais... tentaram convecer-me, insistiram e eu não tendo outra saída acabei entrando...Era o meu pior pesadelo, explicaram-me o que realmente acontecia, mas nem isso me acalmou. Eu queria era sair daquele lugar, minha cabeça girava, as pessoas gritavam e uma voz começou a falar:
_ "Senhoras e senhores, estão prestes a testemunhar uma fantástica transformação..."
     Meu coração parecia que ia sair pela boca.... Chorava muito...
    De repente, vi aquela mulher vindo em minha direção, saí como uma bala daquele lugar.
    Quando relembramos esse fato, damos muita risada, pois, nada o que parece, na verdade é.

William, 9º turquesa