segunda-feira, 31 de maio de 2010

Curiosidades...

Certo aluno chamado de puxa-saco de um determinado professor, teve um insight e perguntou: De onde vem o termo puxa-saco? O professor pediu ao aluno que pesquisasse... Ele encontrou a origem do termo e pediu para postar no blog para que todos os outro tivessem acesso e ainda sugeriu postar origens de outros termos populares....

A palavra puxa-saco começou a ser usada na gíria militar. Os oficiais não carregavam suas roupas em malas, mas em sacos durante as viagens. Mas quem carregava, obedientemente, a bagagem para cima e para baixo eram os soldados. Puxar esses sacos virou sinônimo de subserviência. E o puxa-saco passou a definir todos que bajulavam superiores ou qualquer outra pessoa. E puxa-saco tem até dia, comemorado, informalmente, em 20 de dezembro. É o dia limite para o pagamento da segunda parcela do 13º salário. Dizem que, nessa data, todos os puxa-sacos saem na surdina pelas ruas à procura do presente de Natal dos respectivos chefes.



Leia abaixo cinco verbetes de "A Casa da Mãe Joana 2" livro de Reinaldo Pimenta.

Barbeiro:O nome do profissional veio de barba + a terminação designativa de profissão -eiro.
Agora, veja os seguintes trechos extraídos do verbete "barbeiro" no dicionário Morais Silva:

"Homem que tem por ofício rapar ou aparar barbas e cortar o cabelo. Dentista, curandeiro. Havia antigamente barbeiros de lanceta, isto é, sangradores. Indivíduo que não é hábil na sua profissão."
No Brasil e em Portugal, até as primeiras décadas do século XIX, os barbeiros também praticavam odontologia e medicina, chegando até a realizar pequenas cirurgias (médico especialista era coisa de rico, de gente da corte). E aí imagine o que deve ter acontecido com os pobres clientes. Quantos dentes mal arrancados? Quantas bocas feridas? Quantas punções geradoras de infecções terríveis? Quantos quelóides? Associe a isso o fato de o ofício de barbeiro, em sentido restrito, não exigir uma especialização, mas tão-somente certa habilidade manual (com todo o respeito aos profissionais do ramo). Pronto! Não foi difícil a palavra ganhar aquela última acepção, "indivíduo que não é hábil na sua profissão". Daí também se formou barbeiragem como sinônimo de incompetência.
Já o nome do inseto é outra história.
Em abril de 1909, o jovem cientista mineiro Carlos Chagas, então com 30 anos, assim se pronunciava num comunicado:

"Saibam todos que o inseto conhecido por barbeiro ou chupão, encontrado nas casas de pau-a-pique dos sertanejos do Brasil, é portador de um parasita que causa febre, anemia, cardiopatias e aumento dos gânglios."

E todos ficaram sabendo que Chagas havia identificado o agente causador da doença, um protozoário (transmitido pelo barbeiro) que ele chamou de Trypanosoma cruzi, em homenagem ao sanitarista Oswaldo Cruz. A partir daí, foi o povo que se encarregou de outra homenagem, batizando o mal como "doença de Chagas".
O barbeiro deve seu nome popular ao fato de ele chupar o sangue da sua vítima quase sempre no rosto, enquanto ela dorme (na verdade, o barbeiro não tem uma predileção especial por rostos, é que, ao dormirmos, essa parte do corpo se acha sempre descoberta e ao inteiro dispor do vampirinho).

BINA :O identificador de chamadas telefônicas é coisa nossa, saiu do Brasil para o mundo. Foi inventado pelo mineiro Nélio José Nicolai. O primeiro aparelho comercializado se chamou BINA 82 e foi lançado em Brasília, em 1982.
BINA foi formado de B Identifica Número A.

Caixa-preta: Na verdade, o avião tem duas caixas-pretas: uma para dados sobre o vôo e outra para comunicações da cabine. Ambas não são pretas. São laranja berrante para facilitar sua localização entre os destroços de uma aeronave.
A expressão começou a ser usada depois da Segunda Guerra Mundial, quando as caixas-pretas passaram a ser amplamente utilizadas. Mas antes disso o pessoal da força aérea britânica já chamava assim qualquer caixa contendo equipamento de navegação aérea complicado. A cor preta provavelmente foi escolhida para designar algo misterioso, secreto e também pela aliteração da expressão em inglês (black box).
O sentido se ampliou para designar qualquer sistema ou aparelho cujo mecanismo de funcionamento é incompreensível para o usuário.
Uma das grandes questões da humanidade é a seguinte: já que as caixas-pretas são indestrutíveis, por que os aviões não são feitos do mesmo material? Até que é possível. Só um probleminha: com o peso, o bicho não decola de jeito nenhum.

Gol de placa:A palavra gol veio do inglês goal, objetivo, mas nenhuma torcida inglesa grita "Goal!" quando seu time marca um tento. Eles urram alguma coisa que, segundo os antropólogos, fica entre o "oh!" de surpresa de um lorde e o "erghflk" do homem de Neandertal. E a expressão gol de placa?
Rio de Janeiro, estádio do Maracanã, 5 de março de 1961, Torneio Rio-São Paulo, o Santos de Pelé jogava contra o Fluminense de Castilho. Aos 41 minutos do segundo tempo, o Santos vence por 1x0, quando Pelé domina a bola na meia-lua da sua área, lá atrás, na defesa. Ele levanta a cabeça e parte para o gol adversário. Passa por um, dois, três, quatro, cinco, seis adversários e toca a bola para os fundos da rede de Castilho.
Uma das testemunhas do memorável gol foi o então jovem cronista esportivo e hoje famoso colunista de economia Joelmir Beting, que voltou para São Paulo e sugeriu que seu jornal, "O Esporte", mandasse fazer uma placa de bronze que eternizasse o extraordinário lance de Pelé. A sugestão foi aceita, Joelmir encomendou a placa, pagou e não foi ressarcido até hoje. No domingo seguinte, a placa foi afixada no saguão do Maracanã e descerrada pelo próprio Pelé, com barbante e toalha de banho servindo de cortininha. Surgia a expressão gol de placa. Mais tarde, Joelmir, um craque da palavra, diria: "Nunca fiz um gol de placa, mas fiz a placa do gol".

Feito nas Coxas:No Brasil, na época da escravidão, os escravos doentes ou incapacitados para fazer trabalhos pesados, eram encarregados de realizar uma tarefa aparentemente fácil. Cabia-lhes modelar com barro, usando suas coxas, as telhas das casas.
O problema é que cada escravo tinha a coxa de tamanho e formato diferentes, razão pela qual as telhas, depois de prontas, ficavam desiguais.
Como Conseqüência o telhado depois de montado ficava torto, desalinhado, com aparência de ter sido malfeito. Daí surgiu a expressão "feito nas coxas".
Eis a razão de que nos dias atuais quando alguém faz algo sem muito zelo ou sem qualidade, costuma-se dizer que aquilo foi "feito nas coxas".

Fique ligado, postaremos mais cursidades sobre expressões populares....


Um comentário:

  1. Gostei dessas expressões prof! E da histórinha também, certo aluno né.. =D

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